“Há uma linha abissal”: reflexões sobre as epistemologias do Sul e a audácia de as cantar / "There is an abyssal line": reflections on the epistemologies of the South and the audacity to sing them / "Hay una línea abisal": reflexiones sobre las epistemologías del Sur y la audacia de cantarlas
Resumen
RESUMO
Neste breve texto trago reflexões sobre os ensinamentos, importância e significado de um conjunto de propostas teóricas e metodológicas das Epistemologias do Sul. Com uma escrita “livre”, neste texto começo por descrever o mundo (território) a partir do qual leio e compreendo as Epistemologias do Sul, as motivações para a composição de uma canção denominada “Linha abissal” e as razões pelas quais considero pertinente a promoção e adopção de uma racionalidade epistémica que desafia a “razão indolente”, tal como eloquentemente escreve Boaventura de Sousa Santos, a quem também presto tributo com este escrito.
ABSTRACT
In this brief article, I bring personal reflections on the teachings, importance, and meaning of a set of theoretical and methodological proposals of the Epistemologies of the South. Using a "free" writing style, I begin by describing the world (territory) from which I read and understand the Epistemologies of the South, the motivations for the composition of a song called "Linha abissal" and the reasons why I consider pertinent the promotion and adoption of an epistemic rationality that defies "indolent reasoning", as Boaventura de Sousa Santos eloquently writes about, to whom I also pay tribute through this piece.
Citas
AMORIM, C. (2011), “A África tem sede de Brasil", Carta Capital, edição de 28/05/2011, disponível em https://www.cartacapital.com.br/politica/a-africa-tem-sede-de-brasil [acesso: 30/07/2017].
BARENBOIM, D. (2009). Está tudo ligado: o poder da música. Lisboa: Editorial Bizâncio.
BORRAS Jr, S. M. (2016) Land politics, agrarian movements and scholar-activism. Inaugural lecture, ISS, The Hague.
CRAVEIRINHA, J. (2000). Obra completa. Maputo: Imprensa Universitária.
FANON, F. (1963). The Wretched of the Earth. New York: Grove Press.
GALEANO, E. (2001), “El mundo al revés o el mundo patas arriba”, en Núñez Hurtado, C. (coord.), Educar para construir el sueño. Ética y conocimiento en la transformación social. ITESO, Guadalajara.
MONJANE, B. (2018), Lições da Universidade Popular dos Movimentos Sociais na África Austral: terra, luta e emancipação, Motricidade, 2 (2), 163-174.
OLSON, K. (2005,) “Music for Community Education and Emancipatory Learning”, New Directions for Adult and Continuing Education, 107 (55-64).
SANTOS, B. S. (2003), "Suicídio coletivo?", Folha de São Paulo, Tendências/Debates, edição de 28/03/2003, disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2803200309.htm [acesso: 30/07/2017).
SANTOS, B. S. (2006), A Universidade Popular dos Movimentos Sociais. In: SANTOS, B. S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 167-178
SANTOS, B. S. (2007), “Beyond Abyssal Thinking. From Global Lines to Ecologies of Knowledges”, Review, XXX (1), 45-89.
SHIVJI, I. G. (2019) ‘Sam Moyo and Samir Amin on the Peasant Question’, Agrarian South: Journal of Political Economy, pp. 1–16. doi: 10.1177/2277976019845737.