Mães Gestoras – Uma análise da influência da maternidade na vida profissional das líderes

Abstract

A presença de gestoras mães no mercado de trabalho é uma constante no ambiente contemporâneo e a forma como a maternidade é conciliada com a vida profissional pode ser um dos pontos chaves da liderança feminina. Esse estudo tem como objetivo principal analisar a trajetória da mulher gestora e mãe, revelando como a maternidade influenciou nesse processo. A pesquisa tem cunho qualitativo, de natureza aplicada, com objetivo descritivo. A técnica de pesquisa utilizada foi a pesquisa de campo, com a coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas. Foram realizadas 20 entrevistas com mães que ocupam posições em lideranças. Na análise desses dados ficou explicito que as gestoras aplicam no dia a dia do trabalho os conhecimentos obtidos por meio da maternidade e que a maternidade impacta mais positiva do que negativamente na vida profissional.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Kelly Daiana Michel

Universidade Feevale. Novo Hamburgo, RS, Brasil. E-mail: kelly.dmichel@hotmail.com ORCID: 0000-0002-9729-9074

Moema Pereira Nunes

Universidade Feevale. Novo Hamburgo, RS, Brasil/

Otto-von-Guericke Universität Magdeburg, Alemanha

E-mail: moemanunes@hotmail.com

ORCID: 0000-0002-8055-2176

References

ALBERTUNI, P. S.; STENGEL, M. (2016) “Maternidade e novos modos de vida para a mulher contemporânea”. Psicologia em Revista. Volumen 22, Nro 3, 709-728.
ALMEIDA, V. C.; SANTOS, C. M. M. (2018) “Trabalho, carreira e maternidade: perspectivas e dilemas de mulheres profissionais contemporâneas”. Administração: Ensino e Pesquisa Rio de Janeiro. Volumen 19, Nro. 3, 583-605.
ANDRADE, R.N.; IWAMOTO, H.M. (2019) “Conciliação maternidade e trabalho: um estudo com alunas e servidoras da Universidade Federal do Tocantins. Revista Gênero. Volumen 20, Nro. 1, 212-236.
ANDRADE, C.J.; PRAUN, L.; AVOGLIA, H.R.C. (2020) “Estratégias defensivas utilizadas frente à conciliação maternidade e trabalho: um olhar para as profissionais da educação. Brazilian Journal of Development. Volumen 6, Nro.6, 35436-35452.
ANTONIAZZI, C.B. (2021) “Maternidade: uma forma de opressão?” Cadernos de ética e Filosofia Política. Volumen 39, Nro. 2, 92-103.
ARTEIRO, I. L. (2017) “A Mulher e a Maternidade: um exercício de reinvenção”. 2017. 264 f. Tese (doutorado) – Doutorado em Psicologia Clínica pela Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2017. Recuperado em 31 março, 2020, de http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/973.
ASSIS, M. E. A.; SANTOS, T. V. (2016) “Memória feminina: mulheres na história, história de mulheres”. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana.
BAPTISTA, S. M. S. (1995) “Maternidade e profissão: oportunidades de desenvolvimento”. São Paulo: Casa do Psicólogo.
BELTRAME, G. R.; DONELLI, T. M. S. (2012) “Maternidade e carreira: desafios frente à conciliação de papéis”. Aletheia. Volumen 38-39, 206-217.
BLANCHARD, K. (2012)” “Liderança de alto nível: como criar e liderar organizações de alto desempenho. Porto Alegre: Bookman.
BRAGA, R. C.; MIRANDA, L. H. A.; CORREIO, J. P. C. V. (2018) “Para além da maternidade: as configurações do desejo na mulher contemporânea”. Pretextos - Revista da Graduação em Psicologia da PUC Minas. Volumen 3, Nro. 6, 523-540.
BRASIL, M. V.; COSTA A. B. (2018) “Psicanálise, feminismo e os caminhos para a maternidade: diálogos possíveis?” Psicologia Clínica. Volumen 30, Nro. 3, 427-446.
BRUZAMARELLO D.; PATIAS, N. D.; CENCI, C. M. B. (2019) “Ascensão profissional feminina, gestação tardia e conjugalidade”. Psicologia em estudo. Volumen 24, 1-5.
BUSSAB, V. S. R. (2002) “Resenha Mãe Natureza – Uma visão feminina da evolução: Maternidade, filhos e seleção natural”. Interação em Psicologia. Volumen 6, Nro. 1, p. 117-123.
CAMPOS, M. A. T. F. (2013) “A maternidade para as mulheres comuns contemporâneas”. 129 f. Tese (Pós-Graduação). Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2013. Recuperado em 31março, 2020, de https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUOS-99QHGG.
CAVALCANTI, N. C. S. B.; BAÍA, D. C. P. (2017) “Ser mãe no mundo do trabalho: notas sobre os desafios da reinserção de mulheres no mercado de trabalho após a experiência de maternidade”. In Anais, 11 Seminário Internacional Fazendo Gênero, Florianópolis, 2017. Disponível em: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1499457316_ARQUIVO_Sermaenomundodotrabalho.pdf
CEMBRANEL, P.; CARDOSO, J.; FLORIANO, L. (2020) “Mulheres em Cargos de Liderança e os Desafios no Mercado de Trabalho”. Revista de Ciências da Administração. Volumen 22, Nro. 57, 57-67.
CRUZ, M. H. S. (2018) “Empoderamento das mulheres”. Inclusão Social. Volumen 11, Nro. 2, 101-114.
CURTI-CONRTESSOTO, B.; BARROS, L.A. (2018) “Termos demonstrativos dos conceitos de rompimento de dissolução do casamento na história do Brasil. Revista Digital Internacional de Lexicología, Lexicografía y Terminologia. Volumen 1, Nro. 1,
ELISSON, K. (2006) “Inteligência de mãe: como a maternidade nos torna mais espertas”. São Paulo: Editora Planeta do Brasil.
EVANS, K.J.; MALEY, J.F. (2021) “Barriers to women in senior leadership: how unconscious bias is holding back Australia’s economy”. Asian Pacific Journal of Human Resources. Volumen 59, Nro. 2, 204-226.
FARINHA, A. J. Q.; SCORSOLINI-COMIN, F. (2018) “Relações entre não maternidade e sexualidade feminina: revisão integrativa da literatura científica”. Revista de Psicologia da IMED. Volumen 10, Nro 1, 187-205.
FONSECA, L. H. (2013) “O líder nas organizações e a evolução da liderança feminina”. Revista Científica Semana Acadêmica. Volumen 34, Nro. 1.
GIORDANI, R. C. F.; PICCOLI, D.; BEZERRA, I.; ALMEIDA, C. B. (2018) “Maternidade e amamentação: Identidade, corpo e gênero”. Ciência & Saúde Coletiva. Volumen 23, Nro. 8, 2731-2739.
HEWLETT, S. A. (2008) “Maternidade tardia: mulheres profissionais em busca de realização plena”. Osasco, SP: Novo século Editora.
HRYNIEWICZ, L. G. C.; VIANNA, M. A. (2018). Mulheres em posição de liderança: obstáculos e expectativas de gênero em cargos gerenciais. Cadernos EBAPE. Volumen 16, Nro. 3, 331-344.
JUSTO, A. R.; CARVALHO, J. C. N.; KRISTENSEN, C. H. (2014) “Desenvolvimento da empatia em crianças: a influência dos estilos parentais”. Psicologia, Saúde & Doenças. Volumen 15, Nro. 2, 510-523.
KANAN, L. A. (2010). “Poder e liderança de mulheres nas organizações de trabalho”. Revista Organizações & Sociedade. Volumen 17, Nro 53, 243-257.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. (2017) “Metodologia científica”. São Paulo: Atlas.
LEAL, C. L. (2013) “Maternidade distanciada: vivências de mães sobre o ajuste entre maternidade e profissão, da gestão ao retorno ao trabalho”. Recuperado em 17 março, 2019 de https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/70909/000877983.pdf?sequence=1%20-%20leal%202013.
LIMA, G. S. et al. (2013) “O teto de vidro das executivas brasileiras”. Pretexto. Volumen 14, Nro. 4, 65-80.
MALUF, V. (2009) “Mulher, trabalho e maternidade: uma visão contemporânea”. 180 f. Tese (Doutorado) – Doutorado em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, São Paulo, 2009. Recuperado em 31 março, 2020, de https://tede2.pucsp.br/handle/handle/15879.
MANDELLI, L. (2015) “Liderança nua e crua: decifrando o lado masculino e feminino de liderar”. Petrópolis, RJ: Vozes.
MARIE CLAIRE. (2017) “48% das mulheres são demitidas após a licença maternidade”. Recuperado em 09 março, 2019, de https://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2017/09/50-das-mulheres-sao-demitidas-apos-licenca-maternidade.html.
MARTINS, T.G.A.; MARINHO, J.Z.S. (2021) “A disparidade de gênero no campo científico a partir do impacto da maternidade na carreira das mulheres”. Revista Humanas. Volumen 01, Nro. 002, 157-174.
MOLLER, M. A. B.; GOMES, J. F. S. (2010) “O impacto da liderança feminina na implicação organizacional”. Análise Psicológica. Volumen 28, Nro 4, 683-697.
MOREIRA, L.M.; OLIVEIRA JUNIOR, M.; SADOCOO, R.R.S.; FARIA, D.W.; BASSOTTO, L.C.; PEREIRA, A.L.C..; FERREIRA, P.A.; TEODORO, A.J.S.; DINIZ, I.R.; PUTTI, F.F. (2021) “Maternal evasion: what policies do companies have been adopting in order to not lose their employees for maternity? A multiple study. Research, Society and Development. Volumen 10, Nro. 1, e24010111737.
MÓSCA, H. M. B.; CEREJA, J. R.; BASTOS, S. A. P. (2014) “Gestão de pessoas nas organizações contemporâneas”. Organização Andrea Ramal. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC.
MOURA, A. O. R; OLIVEIRA-SILVA, L. C. (2019) “Centralidade do trabalho, metas e realização profissional: interseções entre trabalho e carreira”. Revista de Administração Mackenzie. Volumen 20, Nro 1, 1-27.
PERROT, M.; HUNT, L.; HALL, C. (2009) “Ergue-se a cortina”. In: PERROT, M. (Org.). “História da vida privada: da revolução francesa à primeira guerra”. São Paulo: Companhia das Letras.
PICHETH, S.F.; CRUBELLATE, J.M. (2019) “Mudanças, lógicas institucionais e emergência de novos atores: a renaturalização da maternidade no Brasil. Organizações & Sociedade. Volumen 26, Nro. 90.
REIGADA, C.L.L.; OLIVEIRA, D.O.P.S.; CARRIJO, A.P.B.; CHUEIRI, P.S.; MOHERDAUI, J.H.; ALBUQUERQUE, N.P. (2021) “Liderança feminina: relato do primeiro encontro de mulheres Médicas de Família e Comunidade do Brasil”. Saúde em Debate. Volumen 45, Nro. 1, 212-223.
RIMES, K. A.; OLIVEIRA, M. I. C.; BOCCOLINI, C. S. (2019) “Licença-maternidade e aleitamento materno exclusivo”. Revista Saúde Pública. Volumen 53, Nro 1-12.
RODRIGUES, C.; SAPUCAIA, M. (2016) “Proteção à maternidade: uma reflexão sobre apaziguamento e sedimentação das desigualdades entre homens e mulheres”. Revista da ABET. Volumen 15, Nro. 1, 22-32.
ROSAS, M. (2009) “Mães que trabalham fora, cuidado com a culpa”. São Paulo: Cengage Learning.
SILVA, C. R. R.; CARVALHO, P. M.; SILVA, E. L. (2017) “Liderança feminina: a imagem da mulher atual no mercado corporativo das organizações brasileiras”. Educação, Gestão e Sociedade: Revista da Faculdade Eça de Queirós. Volumen 7, Nro. 25, 1-12.
SILVA, M.A.; PEREIRA, M.M.; ANTUNES, L.G.R.; SILVA, F.D.; CASTELARI, M.C.F. (2019) “Conciliando maternidade e carreira profissional: percepções de professoras do Ensino Superior. Revista Viana Sapiens. Volumen 12, Nro. 2, 27.
SILVA, E.; RODRIGUEZ, S.Y.S. (2020) “Mulheres em cargos de liderança: possíveis facilidades e dificuldades no ambiente corporativo do Banco do Estado do Rio Grande do Sul – Banrisul. Brazilian Journal of Development. Volumen 6, Nro. 3, 11133-11150.
SOUZA, A.R.M; LOPES, C.A.; SIMÕES, M.A.; BONORINO, E.B. (2019) “Implicações da maternidade no mercado de trabalho da mulher’. Revista Esfera Acadêmica Humanas. Volumen 04, Nro. 02, 27-46.
TRAVISAN, B.C. (2018) “Mulheres e liderança – um estudo das barreiras enfrentadas em suas carreiras em hospitais privados de Maringá”. Revista de Empreendedorismo, Negócios e Inovação. Volumen 3, Nro. 1, 4-18.
Documentos Oficiais e institucionais
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020) “Diferença cai em sete anos, mas mulheres ainda ganham 10,5% menos que homens”. Recuperado em 10 março, 2020, de https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/23924-diferenca-cai-em-sete-anos-mas-mulheres-ainda-ganham-20-5-menos-que-homens.
OMS. Organização Mundial da Saúde. (2019) “Mulheres e Saúde”. Recuperado em 10 março, 2020, de https://www.who.int/ageing/mulheres_saude.pdf.
Published
2022-03-18
How to Cite
Daiana Michel, K., & Pereira Nunes, M. (2022). Mães Gestoras – Uma análise da influência da maternidade na vida profissional das líderes. Espacio Abierto, 31(1), 30-54. Retrieved from https://produccioncientificaluz.org/index.php/espacio/article/view/37852
Section
Semestre