Estrutura social e endogamia no Brasil contemporáneo

Palabras clave: Forma estrutural, Parentesco, Raça/Cor, Gênero, Fechamento social, Endogamia

Resumen

Numa abordagem que contrasta a Teoria da Industrialização e o Funcionalismo-Estrutural, são reexaminadas as mudanças ou constantes sociais do passado no Brasil do século XX. O século XX é, no mínimo, emblemático. Porque testemunhou uma série de mudanças sociais, mas também porque não foi marcado por revoluções na parte ocidental do planeta, ao contrário dos séculos XVIII e XIX. Caracterizou-se também pela manutenção das desigualdades sociais construídas nos séculos anteriores. O século XX confirmou a hegemonia do eurocentrismo masculino no Ocidente, em detrimento de outras identidades marginalizadas, numa configuração que facilita ou dificulta a vida das pessoas dependendo dos senhores do estatuto: Raça e Género. É o que pretendemos mostrar neste artigo, que avalia o grau de permeabilidade social a partir da avaliação histórica do casamento inter-racial. O desafio de mudar a forma estrutural do Brasil, que tem grande tendência a voltar ao passado em diferentes aspectos situacionais, é denso e complexo

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Biografía del autor/a

Alan Araújo Freitas

Universidade Federal de Itajubá. Itabira, Minas Gerais, Brasil

ORCID: 0000-0001-7489-2126

E-Mail: alan.freitas@unifei.edu.br; alansocius@gmail.com

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Publicado
2024-12-20
Cómo citar
Araújo Freitas, A. (2024). Estrutura social e endogamia no Brasil contemporáneo. Espacio Abierto, 34(1), 91-109. https://doi.org/10.5281/zenodo.14510449
Sección
Semestre