Violência doméstica e familiar contra mulheres trans: insuficiência legal ou má interpretação? Uma análise sob a perspectiva da Teoria Feminista
Resumen
A Lei nº 11.340/2006 surgiu como instrumento de prevenção e repressão de violências praticadas contra mulheres em razão de seu gênero. No entanto, existem posicionamentos judiciais e debates legislativos sobre o objetivo do termo inserido na legislação, sendo questionado sobre quais mulheres a lei se refere. Por essa razão, importa uma análise dos conceitos de sexo e gênero, a partir da teoria feminista, além da breve apresentação de Projeto de Lei que pretende definir o conceito de gênero, bem como da decisão recente do Superior Tribunal de Justiça, que, por sua vez, foi favorável à aplicação da Lei às mulheres trans. Sendo assim, este trabalho pretende, a partir de revisão bibliográfica, identificar referenciais teóricos para classificação de conceitos e categorias que expliquem a (in)adequação da Lei aos casos de violências contra mulheres trans. Será má interpretação ou de fato a Lei é insuficiente para proteção dessas mulheres?
Descargas
Citas
CONNELL, R. (2016) Gênero em termos reais. MOSCHKOVICH, M. (tradutora) São Paulo: nVersos. 1ª edição.
HOOKS, B. (2018) O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. LIBÂNIO, A. (Tradutora). Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos. 1ª edição.
LESFEM (2024) Feminicídios no Brasil 2023: monitor de feminicídios no Brasil. MARIANO, S. (coordenação). Londrina, PR: Ed. Dos Autores. 1ª edição.
LOPES, G. (2004) Um corpo estranho: Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica. 1ª edição.
MENDES, S. (2017) Criminologia Feminista: novos paradigmas. São Paulo, SP: Editora Saraiva. 2ª edição.
OAKLEY, A. (2017) “Sexo e Gênero”. Tradução de Claudenilson Dias e Leonardo Coelho. Revista Feminismos, v. 4, n. 1, 64-71. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30206. Consultado em: 29 jul. 2023.
OYEWÙMÍ, O. (2021) A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. NASCIMENTO, W. (tradutor). Rio de Janeiro: Bazar do Tempo. 1ª edição.
PIMENTEL, E.; ARAÚJO, E. (2020) “Gênero, Violência e Racismo: reflexões sobre violência contra as mulheres no Brasil a partir de uma perspectiva feminista e antirracista”. Revista Liberdades, Volume 11, Nro. 29, 360-384.
REA, C.; AMANCIO, I. (2018) “Descolonizar a sexualidade: teoria queer of color e trânsito para o Sul global”. Cadernos PAGU, Volume 1, Nro. 53, 1-38.
RUBIN, G. (2017) “O tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo”. DIAS, J.(tradutora). Políticas do sexo. São Paulo: Ubu, 5-54.
________. (2017) “Pensando o Sexo: Notas para uma Teoria Radical das Políticas da Sexualidade”. DIAS, J. (tradutora). Políticas do sexo. São Paulo: Ubu, 55-111.
SCOTT, J. (1995) “Gênero: uma categoria útil para a análise histórica”. Educação e Realidade, Volume 20, Nro. 2, 71-99.
Documentos oficiais e institucinais
BRASIL. Lei Maria da Penha. Lei nº 11.340, de 07 de Agosto de 2006.
______. Protocolo para julgamento com perspectiva de gênero (2021) Brasília: CNJ; Enfam. 1ª edição.
Informativos de Jurisprudência (2022) documento consultado em internet em 01/04/2024 em:https://processo.stj.jus.br/SCON/SearchBRS?b=INFJ&tipo=informativo&livre=%270732%27.cod.&force=yes .
Recurso Especial nº 1977124 SP 2021/0391811-0 (2022). Documento consultado em internet em 01/04/2024, em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=202103918110&dt_publicacao=22/04/2022 .
Sexta Turma estendeu proteção da Lei Maria da Penha para mulheres trans. (2023) documento consultado em internet em 30/06/2023 em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/05042022-Lei-Maria-da-Penha-e-aplicavel-a-violencia-contra-mulher-trans--decide-Sexta-Turma.aspx
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo registrado con la licencia de atribución de CreativeCommons, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as a publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales) antes y durante el proceso de revisión y publicación, ya que puede conducir a intercambios productivos y a una mayor y más rápida difusión del trabajo publicado (vea TheEffect of Open Access).