Tendências para a Agricultura Familiar no Sul do Brasil
Resumen
A agricultura familiar aumentou sua importância na economia brasileira nestes últimos anos, e é responsável por mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário, gerando renda e qualidade de vida para os agricultores. Mesmo assim, nestas últimas décadas no meio rural, vem aumentando o uso de tecnologias, de insumos agroquímicos e do êxodo rural, principalmente de jovens e mulheres agricultoras familiares. Nesse contexto, o estudo tem por objetivo analisar através de uma pesquisa realizada nos estados do sul do Brasil, quais as principais transformações econômicas, culturais e socioambientais dos últimos anos e quem e como serão os agricultores nas próximas décadas. Foram realizadas análises sobre o perfil e a condição socioeconômica, cultural e ambiental de 320 famílias rurais, e em dados secundários da agropecuária dos Estados do Sul. Quanto a sucessão nas atividades rurais, os resultados revelaram que os fatores relacionados à pouca renda e às políticas públicas insuficientes dificultam a manutenção dos jovens e mulheres na agricultura, além disso a possibilidade de estudar o que é muito positivo abre outras oportunidades e o fator tamanho das propriedades ainda é muito limitante nas atividades da agricultura familiar. A Agroecologia se revelou importante para a maioria dos jovens agricultores. Os resultados também, apontaram a grosso modo, três tipos de agricultores que estarão presentes no rural nas próximas décadas, sendo: os consolidados e tecnificados, os agroecologistas que participam de feiras e cuidam da segurança e soberania alimentar e os que arrendam suas terras e logo se aposentam
Descargas
Citas
o ALTIERI, M. (2001). Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. 3. ed. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS. (Síntese Universitária, 54).
o BASSO, D. (2004). Desenvolvimento local e estratégias de reprodução das famílias rurais: abordagens sobre o desenvolvimento rural na região noroeste do Rio Grande do Sul. Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Rio de Janeiro.
o BROSE, M. (1999) Agricultura Familiar, desenvolvimento local e políticas públicas. Santa Cruz do Sul: Edunisc.
o BRUMER, A. (2007). A problemática dos jovens rurais na pós-modernidade. In: CARNEIRO, M. J.; CASTRO, E. G. de (Org.). Juventude Rural em Perspectiva. Rio de Janeiro: Mauad.
o BRUMER, A.; PANDOLFO, G. C.; CORADINI, L. (2008). Gênero e agricultura familiar: projetos de jovens filhos de agricultores familiares na região Sul do Brasil. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO, 8. Anais... Florianópolis.
o BLUME, R.; SCHNEIDER, S. (2014). Sobre a delimitação do rural: atualizando o debate sobre as metodologias que desmistificam o fim do rural no Brasil. In: CONTERATO, M. A; RADOMSKY, G. F. W; SCHNEIDER, S (ogs). Pesquisa em Desenvolvimento Rural: aportes teóricos e proposições metodológicas - volume 1. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
o CAMARARO, A. A. & ABRAMOVAY, R., (1999). Êxodo rural, envelhecimento e masculinização no Brasil: panorama dos últimos 50 anos. Texto para Discussão n. 621, IPEA, p. 23
o CHAYANOV, A. V. (1981). Sobre a teoria dos sistemas econômicos não capitalistas. In GRAZIANO DA SILVA, José; STOLCKE, Verena (orgs). A questão Agrária. São Paulo: Editora Brasiliense, p. 133 a 163.
o GERVASIO, W.; BATISTA, E.; CAVALCANTE, L. dos S. (2015). O êxodo da juventude camponesa: campo ou cidade? Cadernos de Agroecologia, Recife, v.9, n.4, p.1-8.
o GUZMÁN, E. S. (2001). Uma estratégia de sustentabilidade a partir da Agroecologia. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 2, n. 1, p. 35-45.
o FONTE, M. (2010). C’era una volta il mondo rurale…Agriregionieuropa, ano 6, nº 20.
o GRAZIANO DA SILVA, J.(1999). O novo rural brasileiro. Campinas: EI/UNICAMP, (Coleção Pesquisas1)
o GLIESSMAN, S. (2000). Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. Porto Alegre: Editora da Universidade – UFRGS.
o LAMARCHE, H. (1993). A agricultura familiar: comparação internacional. Volume I: Uma realidade Multiforme. Tradução: Angela Maria Naoko Tijiwa. Campinas, SP: Editora da Unicamp.
o LAMARCHE, H. (1993). “A agricultura familiar: uma realidade multiforme”. Campinas: Editora da Unicamp. A análise da empresa familiar agrícola ou industrial. In: Association des Ruralistes Français. Lê monde Rural et lês Sciences Sociales: omission ou fascination. Tradução de Auro Luiz da Silva. Paris, 1994 a. XIX. Colóquio da Association des Ruralistes Françaises.
o MARTINS, J. de S. (2001). Ímpares sociais e políticos em relação à reforma agrária e a agricultura familiar no Brasil. Santiago. Chile.
o NICHOLLS, C. (2000). AGROECOLOGÍA Teoría y práctica para una agricultura sustentable. Primera edición, Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente. México. DF.
o PLOEG, J. D. Van Der. (2008). Camponeses e impérios alimentares: lutas por autonomia e sustentabilidade na era da globalização. Tradução de Rita Pereira. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
o PLOEG, J. D. (2014). Revista Agriculturas: experiências em agroecologia. Rio de Janeiro • RJ • Brasil, Número I, 16 p. ISSN: 1807-491X
o SHANIN, T. (1979). Campesinos y sociedades campesinas. México, Fondo de Cultura Económica.
o SAVIAN, M. (2014). Sucessão geracional: garantindo-se renda continuaremos a ter agricultura familiar? Revista Espaço Acadêmico, Maringá, v.14, n.159, p.97-106.
o SCHNEIDER, S. (2003). Teoria social, agricultura familiar e pluriatividade, Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 18, n.51, p. 99-121.
o SCHNEIDER, S. et Al. (2010). Situando o desenvolvimento rural no Brasil: o contexto e as questões em debate. Revista de Economia Política, vol. 30, no 3 (119), pp. 511-531.
o TRENTIN, I. C. L., Wesz Junior, V. J., & Filippi, E. E. (2009). The effects of the family agro-industries for the development of the rural localities in the south of Brazil. Cuadernos de Desarrollo Rural, 6(63), 59-85.
o TRENTIN, I. C. L.; NICHOLLS, C.; FONTE, M. (2015). Agroecologia e as desigualdades regionais no Rio Grande do Sul-Brasil. In: Anais do V Congreso Latinoamericano de Agroecología-SOCLA (La Plata, 2015).
o TRENTIN, I. C. L. (2015). Desenvolvimento Regional e Agroecologia no Rio Grande do Sul/Brasil. Investigaciones Geográficas, (49), Pág. 99-115. doi:10.5354/0719-5370.2015.37516.
o TRENTIN, I. C. L. (2019). Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar: Promoção da Agricultura Familiar ou do Agronegócio no Brasil?. REVISTA VERDE DE AGROECOLOGIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL, v. 14, p. 554- 561.
o TRENTIN, I. C. L. (2021). Cambiamenti climatici e agroecologia nello sviluppo del Rio Grande do Sul-Brasile. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 12, p. 39-62.
o VEIGA, J. E. (2000). Diretrizes para uma nova política agrária. Publicado no livro Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável, NEAD/Ministério do Desenvolvimento Agrário, Brasília, pp. 19-36.
o VEIGA, J. E. et al. (2001). O Brasil rural precisa de uma estratégia de desenvolvimento, Brasília: Convênio FIPE-IICA(MDA/CNDRS/NEAD). 108 p. Disponível em: http://www.nead.org.br/index.php?acao=bibliotecaepublicacaoID=112.
o ZAGO, N.; BORDIGNON, C. (2012). Juventude rural no contexto da agricultura familiar: migração e investimento nos estudos. In: REUNIÃO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO, 9. Anais... Caxias do Sul.
o ZUCATTO, L.; FERASSO, M.; EVANGELISTA, M. (2010). A importância das exportações para o desenvolvimento local da fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul e do Extremo-Oeste de Santa Catarina. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa, v. 9, n. 1-2, p. 97-111.
o WEDING. J. C. et al. (2021). Movimentos de Emigração de Mulheres Rurais em Itapejara d’Oeste/PR: enfrentando relações de poder patriarcais. Redes (St. Cruz Sul, Online), v. 26, ISSN 1982-6745
Documentos oficiais e institucionais
o ATLAS BRASIL. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal. 2020. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br. Acesso em 04 de Maio de 2022.
o BRASIL. LEI 11326/06 de 24 de julho de 2006. Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. Presidência da República, Casa Civil: subchefia para assuntos jurídicos. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11326.htm. Acesso em Dezembro de 2021.
o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Censo Agropecuário de 2017. Disponível em www.sidra.IBGE.gov.br. Acesso em jan. 2022.
o FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA SIEGFRIED EMANUEL
o Feedados. Porto Alegre: FEE, 2022. Disponível em: http://www.fee.rs.gov.br/feedados. Acesso em: 12 maio 2022.
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo registrado con la licencia de atribución de CreativeCommons, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as a publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales) antes y durante el proceso de revisión y publicación, ya que puede conducir a intercambios productivos y a una mayor y más rápida difusión del trabajo publicado (vea TheEffect of Open Access).