A concepção de movimentos cíclicos em tempos de crise pandêmica: implicações socioeconômicas da Covid-19 no Brasil

Palabras clave: ciclos econômicos, crise pandêmica, movimentos cíclicos, Covid-19, Brasil

Resumen

Os ciclos econômicos possuem uma dinâmica que se manifesta no formato de ondas. A inflexão da fase de auge econômico (boom) para a fase de recessão é o momento de crise. Menosprezada por muitos, pode-se afirmar que os efeitos da crise pandêmica decorrente da Covid-19 ganharam implicações típicas de uma grande crise global, sobretudo no Brasil. Neste cenário de pandemia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a economia global foi inserida numa grave crise socioeconômica. O objetivo fundamental do presente artigo é discutir a concepção conceitual de crise e de movimentos cíclicos em tempos de pandemia de Covid-19 e as principais implicações socioeconômicas no Brasil. Para alcançar esse objetivo, o artigo fará uso de metodologia de pesquisa do tipo exploratória e qualitativa. A principal conclusão é a de que a crise pandêmica trouxe para o Brasil uma série de problemas econômicos, tais como: desemprego e alta inflacionária, porém o fato mais grave foram os problemas de ordem social, principalmente o aumento significativo da pobreza e da desigualdade social. O uso do “auxílio emergencial”, como política anticíclica e de apoio as estratificações sociais mais vulneráveis em tempos de pandemia, foi de extrema importância por ter criado um “colchão” de proteção social. Entretanto, tendo como base uma série de dados oficiais, pode-se afirmar que o governo Bolsonaro não conseguiu lograr êxito em sua empreitada para mitigar os impactos socioeconômicos da crise de Covid-19 no Brasil, muito disso por conta de uma retórica negacionista e de muita desinformação (fake news) em relação as vacinas

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

André Cutrim Carvalho

Universidade Federal do Pará (UFPA). Belem, Brasil. E-mail: andrecc83@gmail.com. ORCID: 0000-0002-0936-9424

David Ferreira Carvalho

Universidade Federal do Pará (UFPA). Belem, Brasil. E-mail: david.fcarvalho@yahoo.com.br. ORCID: 0000-0002-9161-4715

Auristela Correa Castro

Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Santarem, Brasil. E-mail: auristelaccastro@gmail.com. ORCID: 0000-0002-3979-929

Citas

BOUSQUAT, A.; AKERMAN, M.; MENDES, A.; LOUVISON, M.; FRAZÃO, P.; NARVAI, P. C. (2021). “Pandemia de covid-19: o SUS mais necessário do que nunca”. Revista USP, [S. l.]. V. 1, n. 128, p. 13-26. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/185393. Acesso em: 15/01/2022.
CARVALHO, D. F. (2014). Macroeconomia monetária e financeira da produção capitalista. Livro IV. Belém: ICSA/UFPA.
CARVALHO, D. F. (2015). Economia política do desenvolvimento econômico, formação do Estado, padrões de industrialização e crises e ciclos econômicos do capitalismo contemporâneo. Belém: ICSA/UFPA.
CARVALHO, A. C.; RODRIGUES, P. da S.; CARVALHO, D.F (2019). “Risco, incerteza e expectativa na dinâmica dos eventos de uma economia capitalista na perspectiva de Keynes e Knigh”. Revista de Economia Política e História Econômica. V. 41, p. 05-25. Disponível em: REPHE41.pdf - Google Drive. Acesso em: 10 jan. 2022.
CARVALHO, A. C.; CARVALHO, D. F.; SANTOS, C. S (2020). “Brasil como Epicentro da Crise da Covid-19 na América Latina e as Prováveis Consequências em Estratificações Socioeconômicas mais vulneráveis: uma Perspectiva de Compreensão do Papel do Estado e da Social Democracia centrada em John Maynard Keynes”. ESPACIO ABIERTO (Maracaibo. 1992). V. 29, p. 139-177. Disponível em: https://www.produccioncientificaluz.org/index.php/espacio/article/view/35065. Acesso em: 5 jan. 2022.
ESTEY, J. A. (1965). Ciclos Econômicos sua natureza, causa e controle. São Paulo, Mestre Jou.
KEYNES, J. M. (1996). A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Editora Nova Cultural LTDA. Disponível em: http://www.afoiceeomartelo.com.br/posfsa/autores/Keynes,%20John/Keynes%20-%20Os%20economistas.pdf. Acesso em: 5 jan. 2022.
KALECKI, M. (1977[1935]). “O Mecanismo da recuperação econômica”. In: MIGLIOLI, J. (Org.). Crescimento e ciclo das economias capitalistas. São Paulo: Hucitec.
KINDLEBERGER, C. P. (1989). Manias, Panics and Crashes: A History of Financial Crises. MacMillan, London.
KINDLEBERGER, C. P. (2000). Manias, Pânicos e Crashes: Um histórico das crises financeiras. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.
MINSKY, H. P. (1982). Can “it” happen again? Essays on instability and finance. Armonk/New York: M.E. Sharpe.
MITCHELL, W. C. (1984). Os Ciclos Econômicos e suas Causas. São Paulo, Abril Cultura. Coleção “Os economistas”.
ROBINSON, J. (1959). Ensayos de Economia poskeynesiana. México, Fondo de Cultura Económica.
SCHUMPETER, J. A. (1956). “Análisis del Cambio Econômico”. In: Ensayos Sobre El Ciclo Económico. HABERLER, G. (Coord). México, Fondo de Cultura Económica.
STIGLITZ, J. E.; GREENWALD, B. (2004). Rumo a um Novo Paradigma. São Paulo: Francis.
Documentos Oficiais
BRASIL, Secretarias Estaduais de Saúde. (2020a). Painel Coronavírus. Brasília-DF. Disponível em: https://covid.saude.gov.br. Acesso em: 10 jan. 2021.
BRASIL, Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde. (2020b). Boletins Epidemiológicos. Brasília-DF. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos. Acesso em: 10 jan. 2022.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA – IPEADATA. (2021). Dados macroeconômicos e regionais. Disponível em: http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx. Acesso em: 5 jan. 2022.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. (2020). Pesquisa de Orçamentos Familiares: 2017 - 2018. Rio de Janeiro: IBGE.
Publicado
2022-08-29
Cómo citar
Cutrim Carvalho, A., Ferreira Carvalho, D., & Correa Castro, A. (2022). A concepção de movimentos cíclicos em tempos de crise pandêmica: implicações socioeconômicas da Covid-19 no Brasil. Espacio Abierto, 31(3), 106-135. Recuperado a partir de https://produccioncientificaluz.org/index.php/espacio/article/view/38640
Sección
Semestre